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Esquecimento: estou esquecido, e agora?

Dra. Débora Vilar - Esquecimento: estou esquecido, e agora?

Com altos níveis de estresse e ansiedade, comuns na vida moderna, é normal que a memória seja comprometida, nos dando a sensação de que estamos ficando esquecidos. Mas você sabe avaliar em que ponto a falta de memória atinge um patamar preocupante?

Se as atividades triviais do dia a dia se tornam um desafio pela perda de memória, é hora de prestar mais atenção aos sinais que podem indicar que algo está fora de ordem no nosso cérebro.

Quando esses tipos de sintomas se manifestam com frequência é essencial procurar um médico neurologista e pedir uma completa avaliação!

Lembre-se: quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de, com o correto tratamento, o paciente preservar sua autonomia e independência!

Quais os sinais de alerta para dificuldade de memória?

Assim como, com o envelhecimento, é natural que a memória não seja mais tão afiada quanto era na juventude. Mas é importante saber identificar quais são os sintomas que devem colocar o esquecimento como sinal de alerta.

Para isso, fizemos uma lista com os sinais que indicam que pode haver algum problema mais complexo por trás dos esquecimentos. São eles:⠀

  • Esquecimento progressivo, que parece se intensificar com o passar do tempo;
  • Perder progressivamente a capacidade de acompanhar novelas, filmes ou histórias;
  • Confusão ou esquecimento de que ano ou em que período do ano está;
  • Perder a capacidade de tomar decisões;
  • Ter dificuldades em manter uma conversa;
  • Perder progressivamente a autonomia em atividades cotidianas básicas, como se trocar ou escovar os dentes;
  • Desorientação espacial, dificuldade de reconhecer a própria casa ou espaços por onde sempre circula;⠀
  • Confusão, falta de foco e desorientação;
  • Mudanças bruscas de humor;
  • Perder a capacidade de administrar tarefas que antes conseguia (como administrar o pagamento de contas, administrar os próprios remédios, cozinhar).⠀

    Todo esquecimento é sinal de alzheimer?

    Esse é um tema um pouco confuso, por isso vamos esclarecer alguns fatos sobre ele!⠀

    Nos consultórios médicos neurológicos, faz parte da rotina solicitar exames de função tireoidiana, sorologias, dosagem de vitaminas e exames de imagem quando o paciente apresenta queixas cognitivas.

    Isso acontece porque algumas situações podem causar dificuldades na memória e mimetizar um quadro demencial, por isso a intenção de tais exames é de, principalmente, excluir que a falha de memoria esteja sendo causada por alguma situação de base.

    Além disso, é sempre essencial avaliar se existem sintomas ansiosos ou depressivos ou dificuldades de sono, pois esses também podem prejudicar a memória de forma significativa.

    Quando identificados e tratados esses fatores confundidores a avaliação da memória pode ser mais fidedigna e realizada com mais segurança.

    Por isso, é sempre válido investigar o paciente como um todo e tratar todos os fatores que possam prejudicar a memória entendendo o contexto do paciente.

     

    Quando devo pensar que é demencia?

    O esquecimento quando passa a comprometer a funcionalidade do individuo, passa a ser preocupante e se enquadra em um quadro demencial.

    A demência é uma condição neurológica que causa prejuízos nas funções cognitivas, como memória, raciocínio e comunicação.

    Os sintomas dessa patologia surgem de maneira gradativa e variam de acordo com cada caso, mas os mais comuns e fáceis de identificar são: perda de memória, confusão mental, mudanças drásticas de humor e personalidade, comprometimento da fala e dificuldade em realizar tarefas cotidianas como se vestir ou manusear utensílios.

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    Dra. Débora Vilar

    Débora Vilar, especialista em neurologia e em Distúrbios de Movimento e Cognição pelo Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Realizou residência médica em Neurologia Hospital Geral do Estado Professor Osvaldo Brandão Vilela (HGE-AL).

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